segunda-feira, 27 de maio de 2013

Arte na horta: a professora Ana Branco ensina a brincar com a comida

A Professora do Departamento de Artes da PUC-Rio desde 1981, Ana Branco orienta o BioChip, grupo que investiga as cores e a recuperação da informação através do desenho com modelos vivos. Estes modelos vivos são rabanetes, abacates, mangas, alfaces, cenouras - sementes, frutas e hortaliças, de preferência fresquinhos. Com os alunos, Ana vai até hortas orgânicas onde "conversar" com os vegetais. Trocando e recebendo informações direto da fonte original, a arte nasce da vida. "Através da interação dos modelos vivos com o observador, são feitas leituras quanto às suas formas, cores, sabores, texturas e odores. Os frutos da Terra recuperam no nosso corpo informações matrísticas, que podem ser decodificadas a partir do contato direto, não verbal, presente nos alimentos vivos", explica o folheto do BioChip. Em outras palavras, os alunos fazem arte com a comida viva e depois apreciam com todos os sentidos, incluindo o paladar, o gosto que a arte tem.





 Mas por que se chama BioChip? "Chips de computadores são moléculas de água que contém silício. Sementes também. Dentro delas, há informações sobre a vida na Terra. O contato com o chip vivo recupera o processo criativo do humano, nos reconectando com os outros, com os animais e com o planeta", explicou Ana.


Ana Branco come diferente da maioria dos humanos contemporâneos e economiza um dinheirão em gás. É que ela nunca cozinha - mas isso também não quer dizer que come fora todos os dia. Ana só come Alimentos Vivos, ou seja, crus e brotados. Segundo ela, cozinhar alimentos rompe a molécula de água que reveste o silício - e aí, já viu: adeus informação, adeus BioChip. O chip perde a água molecular e a informação não é mais acessada. O que equivale dizer que a conexão com a Terra se rompe e o homem se mantém em processo de dormência. 


Então,  Ana pesquisou e agora ensina maneiras de trazer a vida de volta à nossa vida. Ela não recomenda que ninguém pare de comer do jeito que come e opte imediatamente pela alimentação crua, porque, segundo ela, nossa intoxicação é imensa e seria um choque para o organismo, tal qual uma desintoxicação de drogas pesadas. "Dentro da Alimentação Viva, tudo o que estamos acostumados a comer são drogas: açúcar branco, mascavo, pão integral com tofu, peixe grelhado, caldinho de feijão com arroz, biscoito de água e sal, sorvete de creme etc". Isso porque os alimentos industrializados e as misturas de amido com proteína são altamente acidificantes, causando dependência. Mas Ana não "prega" a sua maneira de alimentação. Segundo ela, é "só para os que escolhem ser o que sempre foram". No entanto, ela dá receitas para que qualquer pessoa possa incorporar a força dos alimentos vivos no dia-a-dia, mesmo que não tenha intenção nenhuma de abandonar as delícias cozidas.

Fontes: http://alimentacaoviva.blogspot.com.br
http://anabranco.usuarios.rdc.puc-rio.br

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